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sexta-feira, 30 de agosto de 2013



Deixa pra lá - Cartola

Se seu amor falou que não vai mais voltar: 
Deixa pra lá
Se você ficou em último lugar: 
Deixa pra lá
Se tudo começou na hora de acabar: 
Deixa pra lá
Se você não passou neste vestibular: 
Deixa pra lá

Deixa, que essa vida um dia muda, você tem que se
assumir
E se o próprio amigo o acusa, você deve resistir

Se não tem viola pra lhe acompanhar: 
Deixa pra lá
Se nesse ano a escola não vai desfilar: 
Deixa pra lá
Se você pediu tanto e ninguém quis lhe dar: 
Deixa pra lá
Se também fez um canto pra ninguém gostar: 
Deixa pra lá

Deixa, que essa fase é passageira, amanhã será melhor
E você vai ver que a cidade inteira seu samba sabe de cor

Se você quer seresta e já não tem luar: 
Deixa pra lá
Se você foi à festa e não pôde dançar: 
Deixa pra lá
Se a sua companheira já não quer lhe dar: 
Deixa pra lá
Aquele amor antigo que só faz vibrar: 
Deixa pra lá

Deixa, não perturbe a sua vida, carnaval já vem aí
vou brincar com o povo na avenida, descobrindo o que não vi

Se você tem idéia e não pode falar: 
Deixa pra lá
Se cantou pra platéia e ninguém quis ligar: 
Deixa pra lá
Se você foi à feira e não pôde comprar: 
Deixa pra lá
Porque o dinheiro é pouco pra poder gastar... 
Deixa pra lá

Deixa, que essa vida um dia muda, você tem que se
assumir
E se o próprio amigo o acusa, você deve resistir..

Link: http://www.vagalume.com.br/cartola/deixa-pra-la.html#ixzz2dVKDbmx4

domingo, 20 de janeiro de 2013

Refletindo sobre a velhice

Envelhecer? O que é envelhecer para você, numa sociedade com tantas cobranças e com a eterna busca pela juventude? Entretanto, uma certeza nos é imposta e nos deparamos com o natural: O envelhecer! Somos e fazemos parte da natureza. As flores nascem de um botão, ficam vívidas e depois vão murchando. Nossos animais de estimação convivem conosco nos dando alegria, comem, estragam objetos na nossa casa...O tempo passa, eles envelhecem e morrem! Nós também, nascemos, crescemos, criamos laços de amizade, de amor, passamos pela turbulência da adolescência, ficamos mais centrados com nossas conquistas como adultos e por fim, chegamos à velhice....Cada dia que passa estamos envelhecendo, e por fim, naturalmente, morremos. Nossa única certeza! Fico pensando o que realmente tememos ao envelhecer? A morte, a pele flácida, a perda do vigor sexual, as rugas, a doença, a perda da autonomia, da lucidez? O que tememos ao envelhecer? Natural é nascer, crescer, desenvolver, envelhecer e morrer! Mas, nesse processo o que mais intriga é perder! Perder energia, perder forças, perder vicissitude...Talvez o problema seja realmente a perda! E aí, paro para refletir. Será que não aprendemos a perder? Será que não aprendemos a respeitar nosso ritmo, nosso tempo e momento? Será que não aprendemos a realizar, a construir e, por fim, a contemplar nossas realizações! Como temos vivido o nosso tempo, a nossa vida, as nossas escolhas? E como perder numa sociedade que valorizar o ter? Ou seja, perder é um mau negócio! E sinto em lhe dizer, ao envelhecer estamos perdendo sim! Sendo assim, precisamos saber perder, precisamos saber depender, precisamos saber se doar, se dar, amar para que no futuro nossas perdas certas venham adornadas de, pelo menos, amor, paz, confiança, respeito e solidariedade do outro que está próximo. Tenho refletido sobre o envelhecer e percebo que quando envelhecemos só resta diante de nós, o pouco do que plantamos, criamos, vivemos...Nos resta, ao envelhecer, a nossa essência. E aí nos deparamos com a grande verdade do nosso eu! Penso que estar velho e ainda sorrir é conseguir superar as dores, superar as perdas, os medos e viver apesar das escolhas equivocadas da vida. Entretanto, já diz o povo que errar é humano. Mas, me deparo com idosos que tem em sua lembrança o erro claramente egoísta e este traz danos enormes para o viver a velhice, porque o egoísta morre sozinho ou fica com as migalhas de pessoas generosas que geralmente são ligadas as mais diversas modalidades de religião, que por ironia do destino, aquele indivíduo idoso um dia, talvez, a criticou. Quando somos jovem e egoísta, atropelamos pessoas! Quando somos egoístas e velhos vivemos sozinhos! E ficar velho e sozinho nos leva a dependência de um olhar de piedade de outro ser humano que possa nos trazer um pouco de afeto, ou seja, alguns ao envelhecer ficam a mendigar afetos e relacionamentos. E assim, alguns desses idosos se tornam poliqueixosos e sofrem de vários males, para assim, ter e receber algum afeto, necessário ao ser humano, do médico, do psicólogo, do professor, do fisioterapeuta. Mas, não posso deixar de citar os velhos que mantêm a alma com jovialidade. Esses sim, com certeza, aprenderam e passaram pela vida de forma a se tornarem fortes pra enfrentar, talvez, o momento mais difícil do nosso viver, o envelhecer. Valorizaram os relacionamentos, buscaram o perdão, trataram a ira e mágoa, dispensaram pessoas que não contribuíram para o seu viver, enfim viveram e, dentro do possível, tomaram as rédeas do seu viver. E por fim, não poderia deixar de falar da morte. Ah morte! Apavora, muitos não querem pensar nela e outros dizem não ter medo. Entretanto, ela vem de forma inesperada e para quem já tem longa idade, ela está mais próxima. E por mais que diga que a morte não traz medo, ela traz um frio na barriga, porque é inesperada. E ninguém, absolutamente ninguém, apesar de várias teorias, sabe o que ocorre após esse evento em nossas vidas. Eis aí um pouco, dentre outros olhares, do que tenho observado sobre o envelhecer...