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domingo, 19 de julho de 2015

Filme "Divertida Mente"

 
 
Ontem assisti o filme “Divertida Mente”!

Muito interessante um filme retratando nossas emoções, promovendo um diálogo entre a alegria, tristeza, raiva, medo e repulsa ou nojo.

Importante esclarecer antes que muitos teóricos da Psicologia consideram as emoções como reações naturais do organismo diante de determinados estímulos. Podem ser inatas ou aprendidas. As mais viscerais são: o medo, a raiva, a alegria e a vergonha (Casanova, 2009). O nojo poderia estar nesta lista, embora seja um sentimento controverso, não há consenso sobre suas origens inatas ou aprendidas.

A combinação destas emoções podem gerar tais sentimentos:

O medo - origina sentimentos como pânico, fobias, pavor, terror, horror.

A raiva - dá origem a sentimentos como o ódio, o desprezo, a agressividade, a ira e variações encobertas como a inveja, o ciúme, a frustração, o desejo de vingança e outros.

A Alegria – dá origem a sentimentos bons como elação (expansão de si mesmo); excitação (desejo de fazer algo gratificante); paz (conforto subjetivo); ternura, (desejo de aproximação), etc.

Voltando para o filme, em “Divertida Mente” vemos a alegria o tempo todo tentando afastar a tristeza como se fosse uma emoção ruim. No decorrer da história percebemos a grande importância da tristeza em nossas vidas. Nossa primeira tendência é tentar fugir dela, pois Freud já dizia que fugimos da dor e buscamos o prazer. Nessa fuga desesperada, na busca da alegria, sobrepõem a raiva e o medo, pois, não estamos satisfeitos com o ocorrido e tentamos engolir, fingir que está tudo bem. Dessa forma, não conseguimos ser autênticos e nossas realizações diárias ficam a desejar, o que só piora a situação e promove a baixa autoestima e aumenta a raiva e o medo. Tomamos decisões que não desejamos (como a menina Riley que decidiu voltar para sua cidade, infeliz e decepcionada). Daí, quando a tristeza entra em ação, e tomamos a coragem de enfrentar nossos medos e expor o motivo de nossa raiva através da fala e choro, ela nos possibilita elaborar os acontecimentos e reativar nossos relacionamentos com o outro se for um relacionamento genuíno e/ou conosco mesmo se formos verdadeiros com nossas vivências. E ainda, nos possibilita ampliar laços de amizade, como também, experiências novas e fortalecimento para outras situações de conflito, angústia, medo e raiva.

O nojo e vergonha, como alguns medos são adquiridos no decorrer de nossa educação e convivência social, o que também dificulta nossos relacionamentos e nosso crescimento pessoal.

Taí, gostei! Um filme que propõe que você valorize e cuide de suas emoções e sentimentos. E, apesar de não se agradável se entristecer, é necessário para nos fortalecer e nos fazer amadurecer.