Ontem assisti o filme “Divertida
Mente”!
Muito interessante um filme retratando
nossas emoções, promovendo um diálogo entre a alegria, tristeza, raiva, medo e
repulsa ou nojo.
Importante esclarecer antes que muitos
teóricos da Psicologia consideram as emoções como reações naturais do organismo
diante de determinados estímulos. Podem ser inatas ou aprendidas. As mais
viscerais são: o medo, a raiva, a alegria e a vergonha (Casanova, 2009). O nojo
poderia estar nesta lista, embora seja um sentimento controverso, não há
consenso sobre suas origens inatas ou aprendidas.
A combinação destas emoções podem
gerar tais sentimentos:
O medo - origina sentimentos como
pânico, fobias, pavor, terror, horror.
A raiva - dá origem a sentimentos
como o ódio, o desprezo, a agressividade, a ira e variações encobertas como a
inveja, o ciúme, a frustração, o desejo de vingança e outros.
A Alegria – dá origem a
sentimentos bons como elação (expansão de si mesmo); excitação (desejo de fazer
algo gratificante); paz (conforto subjetivo); ternura, (desejo de aproximação),
etc.
Voltando para o filme, em “Divertida
Mente” vemos a alegria o tempo todo tentando afastar a tristeza como se fosse
uma emoção ruim. No decorrer da história percebemos a grande importância da
tristeza em nossas vidas. Nossa primeira tendência é tentar fugir dela, pois
Freud já dizia que fugimos da dor e buscamos o prazer. Nessa fuga desesperada,
na busca da alegria, sobrepõem a raiva e o medo, pois, não estamos satisfeitos
com o ocorrido e tentamos engolir, fingir que está tudo bem. Dessa forma, não
conseguimos ser autênticos e nossas realizações diárias ficam a desejar, o que
só piora a situação e promove a baixa autoestima e aumenta a raiva e o medo.
Tomamos decisões que não desejamos (como a menina Riley que decidiu voltar para sua
cidade, infeliz e decepcionada). Daí, quando a tristeza entra em ação, e
tomamos a coragem de enfrentar nossos medos e expor o motivo de nossa raiva
através da fala e choro, ela nos possibilita elaborar os acontecimentos e
reativar nossos relacionamentos com o outro se for um relacionamento genuíno e/ou
conosco mesmo se formos verdadeiros com nossas vivências. E ainda, nos
possibilita ampliar laços de amizade, como também, experiências novas e
fortalecimento para outras situações de conflito, angústia, medo e raiva.
O nojo e vergonha, como alguns
medos são adquiridos no decorrer de nossa educação e convivência social, o que
também dificulta nossos relacionamentos e nosso crescimento pessoal.
Taí, gostei! Um filme que propõe
que você valorize e cuide de suas emoções e sentimentos. E, apesar de não se
agradável se entristecer, é necessário para nos fortalecer e nos fazer
amadurecer.
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